A posição da Igreja em relação às aparições de Garabandal


No caso das aparições, a Congregação para a Doutrina da Fé poderia ter intercedido e conduzido a investigação sobre as aparições, tirando-a das mãos do bispo de Santander. Contudo, a Congregação tem persistentemente recusado-se a interferir no processo, argumentando que nenhum evento de relevância teria ocorrido recentemente e, portanto, a Congregação não tem motivos para interferir. Ao fim, as decisões ficaram nas mãos do bispo, incluindo a que dizia respeito às diretrizes, e elogiando-o pelo zelo que ele teria mostrado na questão. Pode ser inferido que o Aviso ou o Milagre, anunciados, deveriam ser confirmados, e a Congregação para a Doutrina da Fé deveria mudar seu posicionamento. Assim sendo, com o passar do tempo, a Congregação se mantém na posição que tão frequentemente esteve no passado: aceitar o status quo e aguardar pelos resultados.

PRONUNCIAMENTOS DO BISPO DE SANTANDER

Embora dois comitês convocados pelos bispos de Santander tenham declarado que não houve fenômeno capaz de autenticar os fatos como indubitavelmente sobrenaturais, eles não invalidaram a mensagem.

A este respeito, a primeira comissão afirmou que "não encontramos nada que necessite de censura ou condenação eclesiástica, seja na doutrina ou em recomendações espirituais dirigidas aos fieis".O bispo Juan Antonio Del Val, que chamou a segunda comissão, ao se aposentar declarou que "a mensagem de Garabandal era importante e teologicamente correta".
Quatro bispos consecutivos de Santander fizeram declarações contestando o caráter sobrenatural das aparições de Garabandal, que já haviam ganhado força entre os fieis. Segue um breve sumário das declarações dadas por vários bispos que serviram a diocese desde o início das aparições até os dias atuais.

O bispo Doroteo Fernandez (administrador apostólico de maio de 1961 a janeiro de 1962) publicou duas notas. A primeira foi lançada pouco antes de completados dois meses do início das aparições, e apenas um mês antes depois das primeiras negativas de Conchita, nas quais ele afirmava que não havia evidências confirmando o caráter sobrenatural das aparições. A comissão fez apenas duas ou três visitas ao local das aparições.


O bispo Eugenio Beitia Aldazabal (janeiro de 1962 a janeiro de 1965) também publicou duas notas. A primeira diz que "fenômenos deste tipo carecem de origens sobrenaturais e têm explicações de ordem natural". Este julgamento foi indubitavelmente prematuro, uma vez que a comissão episcopal designada para investigar o que estava se sucedendo em Garabandal não produziu nenhum exame científico consistente. Ele também impôs restrições à ida de padres à cidade sem permissão da diocese; contudo, não condenou o que estava acontecendo e afirmou que "não encontramos nada que mereça censura eclesiástica ou condenação, seja na doutrina ou recomendações espirituais que tenham sido publicadas e sejam direcionadas aos fieis, uma vez que elas contém exortações à oração e ao sacrifício, devoção eucarística, devoção à Nossa Senhora de maneiras tradicionais e recomendáveis, e um temor sagrado a Deus, que se entristece com nossos pecados".


O bispo Vicente Puchol Montis (julho de 1965 a maio de 1967) tentou pôr fim a Garabandal. Ele lançou nota que não era baseada no relatório do comitê técnico, como fizeram seus predecessores, mas nas declarações dos visionários que, de acordo com o bispo Puchol, comprovavam que não haviam acontecido aparições e mensagens e que "todos os eventos que ocorreram nesta cidade têm explicação natural".


O bispo José Cirarda Lachiondo (julho de 1968 a dezembro de 1971) era frontalmente oposto a Garabandal e coordenou, através do cardeal Jean Villot (secretário do Vaticano), a apresentação à imprensa nacional e estrangeira de uma nova nota sobre os eventos em Garabandal, em 9 de outubro de 1968.


O bispo Juan Antonio Del Val Gallo (dezembro de 1971 a agosto de 1991) foi o único bispo de Santander que viu as visionárias no momento de maravilhamento. Com ele, houve uma mudança na posição oficial sobre Garabandal. Em 1987 abriu nova investigação sobre as aparições e suspendeu o banimento a visitas de padres ao local, autorizando-os a celebrarem missas na igreja da vila, com permissão do respectivo sacerdote.


Embora nestas notas, com o tempo, os bispos não tenham apontado nada sobrenatural sobre as alegadas aparições (uma questão que permanece aberta a revisões, sob a luz de novas informações ou de melhores estudos científicos sobre as já existentes), eles não disseram nada que vá contra o conteúdo ("não encontramos nada que mereça censura eclesiástica ou condenação, seja na doutrina ou em recomendações espirituais que tenham sido publicadas"), e isto era e é precisamente suas funções, tal como a Igreja orienta.


UMA AVALIAÇÃO DAS NOTAS DOS BISPOS DE SANTANDER

Para avaliar adequadamente o parecer desfavorável dos quatro bispos de Santander, devemos considerar os argumentos nos quais eles se baseiam, como no caso dos primeiros dois, no relatório do comitê técnico, e no caso dos outros dois, não apenas o julgamento dos bispos antecessores mas também na negação das visionárias.


Este comitê aparentemente consistia em três cânones e professores de Santander. O fato é que há informação mais do que suficiente para haver suspeitas, em níveis razoáveis, que os membros desta comissão adotaram uma atitude a priori negativa e preconcebida em relação às aparições em Garabandal, uma atitude que podemos resumir no fato de que para eles era inaceitável que a Abençoada Virgem Maria poderia aparece com tanta frequência, em vestimentas tão incomuns, para quatro garotas de uma pequenina vila nas montanhas de Santander e que, portanto, tudo teria que ser atribuído à imaginação das quatro meninas, encorajadas pelos peregrinos que continuamente se dirigem a Garabandal.


Depois de 40 dias das primeiras aparições Conchita, que era considerada a protagonista, foi transferida para Santander, por requisição de certos membros do comitê, num esforço para dar um fim às alegadas aparições, recomendando o que seria um "bom ambiente e distrações em Santander" como tratamento ao que seriam suas "fantasias e alucinações".


Além disso, os membros do comitê raramente fizeram visitas ao local dos eventos, como numerosas testemunhas oculares afirmam e, consequentemente, eles presenciaram poucos momentos de maravilhamento e de fenômeno extraordinário. De acordo com os relatos de testemunhas confiáveis, o membro que testemunhou por mais vezes estava presente em apenas seis ocasiões, sempre demonstrando um viés evidentemente negativo e preconcebido. Há muitas frases e incidentes envolvendo membros do comitê que demonstram esta posição preconcebida. Dado tudo o antes mencionado, segue-se que as notas que foram publicadas pelos bispos de Santander, baseadas nos relatos do comitê técnico, sofrem de ausência de informações sérias e imparciais por parte da comissão.


Em 30 de maio de 1983, Dr. Luis Morales Noriega, indicado pelo bispo administrador apostólico Doroteo Fernandez como examinador-chefe da Comissão de Investigação das Aparições, reviu suas opiniões prévias negativas e reconheceu as aparições da Virgem Maria em Garabandal durante palestra na Universidade de Santander, com grande número de pessoas na audiência e com permissão do bispo de Santander. Ele também disse que não havia comissão ou investigação formal; era uma farsa.


DECLARAÇÕES DA SANTA SÉ

A respeito da Santa Sé, a Congregação para a Doutrina da Fé não publicou ou editou qualquer declaração em seu nome direcionada ao mundo católico, sobre os eventos em Garabandal. Ela nunca expressou publica ou oficialmente sua opinião sobre as aparições contemporâneas na Espanha. Entretanto, o secretário da Congregação enviou duas cartas aos bispos de Santander e outra, mais recentemente, ao arcebispo Hannan, de Nova Orleans. Mas não se trata de posicionamentos oficiais dirigidos ao mundo em nome da Congregação, tampouco eles possuem a autoridade para tais declarações oficiais.Nestas cartas enviadas às pessoas mencionadas, a Congregação nunca incluiu uma declaração positiva, expressando concordância com o julgamento dos bispos de Santander. Estas cartas elogiaram os vários bispos de Santander pela "prudência e zelo pastoral" que eles teriam demonstrado ao examinar as aparições de Garabandal, mas não ofereceram nenhuma concordância explícita ao veredicto dos bispos de Santander, que recusa admitir a origem divina de Garabandal.


A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé tem guardado silêncio sobre sua posição sobre os eventos de Garabandal. Mesmo o forte apoio dado por ela aos bispos de Santander está longe de ser uma opinião sobre o caráter daqueles fatos. Além de não assumir a responsabilidade pela investigação, a Congregação pode somente apoiar o trabalho da diocese - o qual, entretanto, não implica concordância com a diocese em matérias de doutrina.


Curiosamente, a pressão constante colocada na Congregação pela diocese de Santander nestes anos, para obter uma declaração que encerraria o caso de Garabandal - pressão documentada em correspondência publicada entre as duas entidades - nunca obteve a declaração desejada, nem do cardeal, tampouco do Papa.


Assim, falando oficialmente tanto em nível de diocese como nos termos do Vaticano, "o caso permanece aberto", e prossegue juntando novas informações.
Clérigos visitantes podem celebrar missas na igreja local.

Em termos técnicos, o caso das aparições de Garabandal não pode ser encerrado até que duas grandes profecias sejam cumpridas: 1) O Aviso e 2) O Milagre

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A posição do Papa Paulo VI em relação a Garabandal


"É a historia mais bela da Humanidade desde o Nascimento de Cristo. É como a segunda vida da Santíssima Virgem na terra, e não há palavras para agradecer-lo."

O Papa Paulo VI pronunciou as mais autorizadas e elogiosas palavras que se fizeram falar a respeito das aparicões de Garabandal.. Isso sucedeu na ocasião da audiência que concedeu ao Padre Escalada S.J. e disse:


"É a historia mais bela da Humanidade desde o Nascimento de Cristo. É como a segunda vida da Santíssima Virgem na terra, e não há palavras para agradecer-lo."



Esta noticia foi publicada na revista que edita  a Difusora Mariana de A.C. do México, e também na Legião Branca Peruana, com «IMPRIMÁTUR» do monsenhor Alfonso Zaplana Belliza, Bispo de Tacna, Perú, a 7 de novembro de 1968. O Papa tinha abundante informação sobre as aparições. Tinha lido com grande interesse a história das aparições, as circulares do Dr. Bonance e sobre a informação do Cardeal Ottaviani a respeito da entrevista com Conchita que se realizou em Janeiro de 1966. de modo que ao P. Escalada lhe bastou fazer-lhe uma rápida exposição dos acontecimentos.

Fazia alguns anos que o Padre Morelos comunicou ao Padre Lúcio Rodrigo S.J., catedrático durante muitos anos na Universidade Pontífica de Comillas na Cantábria esta notícia:"O Padre Escalada, jesuita mexicano, que difunde as mensagens de Garabandal na sua terra, foi recebido em audiência pelo Papa; o Padre Escalada ia acompanhado pelo Superior General da Companhia de Jesuitas, Padre Pedro Arrupe". O Padre Escalada falou ao Papa sobre o seu trabalho de difusão no México. O Papa  animou-o a seguir e disse-lhe: "É necessário dar a conhecer essas mensagens".

Quando se conheceu esta noticia, de tanta importância, quis-se ter a maior garantia sobre a sua autenticidade e uma senhora de Barcelona escreveu ao jesuita Padre Ramón María Andréu; Este respondeu desde Valladolid, com data de 13 de abril de 1967:" A noticia sobre o Padre Arrupe e o Padre Escalada é certa. Os dois estuveram com o Papa. O Padre Escalada perguntou se podia seguir difundindo a mensagem de Garabandal e o Papa disse-lhe que SIM."O P. Escalada, confiado pela excepcional apreciação do Papa, indicou-lhe: «Sim, Santidade, mas há muita gente que se opõe, mesmo dos nossos».Então o Papa levantou a voz e respondeu: «Não importa; diga a essas pessoas que é o Papa que o diz, que é urgente dar a conhecer ao mundo estas mensagens».


O Papa Paulo VI e as irmãs da Nossa Senhora do Sagrado Coração de Barcelona

Segundo o testemunho dado em Garabandal pelas mesmas Superiora da  Nossa Senhora do Sagrado Coração de Barcelona, confirmado pelo sacerdote suiço presente nesse dia em Garabandal diante da Madre Superiora do tal Instituto, na sua visita ao Papa Pablo VI, preguntou-lhe se ela podia permitir a difusão no seu Instituto Religioso das mensagens de Garabandal e o Papa respondeu: «Difundi a mensagem de Garabandal com caridade entre vós».O sacerdote suiço, M. Luis Demierre, o confirmou por carta no dia 4 de Dezembro de 1969.


Bendición Apostólica a los Centros de Garabandal de Inglaterra e Irlanda.

Mr. N. Baco enviou a Sua Santidade Paulo VI, no dia 5 de Dezembro de 1968, uma carta suplicando uma especial benção Apostólica para os seus centros de Garabandal. A carta ia acompanhada de um breve «dossier», que o cardeal Secretário de Estado, monsenhor Cicognani, remitiu à Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé.No dia 3 de março de 1969, o Papa Paulo VI concedeu a sua especial benção Apostólica ao Mr. N. Baco e a todos os Centros de Garabandal de Inglaterra e Irlanda, para que difundam as mensagens de Garabandal no seu  apostolado.


Difusora Mariana de A. C do México

Em Juno de 1969, o Papa Paulo VI enviou aos membros da Junta da " Difusora Mariana de A.C." do México, uma benção especial, e acompanhada com um presente pessoal para cada um deles, um crucifixo, para incentivar-lhes a seguirem o seu apostolado, dizendo-lhes o seguinte::

«Digam aos da Difusora Mariana, que sigam difundindo as mensagens, que eu os abençoe e que rezem por mim. " 


Bendición especial al grupo de María Saraco.

No dia 7 de Maio de 1970, entrava na Basílica de S. Pedro do Vaticano, uma nutrida peregrinação de Norte Americanos desdes da explanada da praça da Basílica Vaticana e estavam com um estandarte com uma imagem grande da Virgem de Garabandal com esta inscrição:

«St. Michael's Garabandal Center for our Lady of Carmel. Brockton. Mass. U.S.A.».

Tratava-se do Centro de Garabandal de S. Miguel situado na costa Este dos Estados Unidos dirigido por Maria Saraco. Desde 1964, que ela difunde as mensagens dadas pela Santíssima Virgem em Garabandal. Anos mais tarde, este centro mudou-se para a Califórnia.

Com o estandarte no alto dentro da  Basílica de S. Pedro, eles assistiam à audiência geral situado num local bem destacado e junto ao altar Papal. Ao chegar Sua Santidade perante estes peregrinos, mandou parar o cortejo diante do estandarte da Virgem de Garabandal e realizou sobre este uma Bendição especial. Assim que terminou de realizar a Bendição, disse estas palavras: Continuem em frente".  Os peregrinos ao saber do que se tratava e depois de verem o que o Papa tinha feito, começaram a beijar o estandarte dentro da mesma Basílica de S. Pedro para render homenagem à Virgem de Garabandal. Era o dia da Ascensão do Senhor. Este grupo de norteamericanos estava presente em Roma, mas como próximo destino, Garabandal. No dia 8 de Maio, " LÓSSERVATORE", dava a notícia em primeira página.  


Bendición Apostólica al padre Verfaille S.D.B. y a sus colaboradores.

No dia 12 de Dezembro de 1970, o Papa concedeu outra nova Bendição Apostólica especial ao padre Verfaille S.D.B. e aos seus colaboradores do Centro Mariano de Garabandal, da República do Zaire, em Africa.


Em Janeiro de 1966 o Papa Paulo VI abençoa a Conchita


Quarta-feira, 19 de janeiro de 1966 

O Papa sai da sala onde tinha a audiência geral. Ele avista o Professor Medi, seu médico particular, e o chama de: - Professor, Professor. Ele então diz a - Fermi tutti. Uma indicação para largar a Cadeira  e ir embora. O Papa fica sozinho com o pequeno grupo da Dra. Medi em que estavam Conchita, sua mãe e o Padre Luna, e assim a audiência ocorre fora do programa, eles conseguiram falar com calma.

Conchita falou pessoalmente com o Papa. Esta audiência, sobrenatural, preparada e alcançada pela Santíssima Virgem, terminou assim: O Papa, encantado, iluminado, abençoa Conchita com estas palavras: "Conchita, eu te bendigo, e comigo toda a Igreja te abençoa". , o pequeno grupo, com alegria indescritível, dirigiu-se ao carro para ir direto ao aeroporto para a viagem de volta à Espanha. 

Declaração do Cardeal Ottaviani sobre as aparições de Garabandal, então estudadas pelo Santo Ofício. Às 10 horas do dia 27 de novembro de 1968, o Ir. David García Muga, natural de La Cerca, província de Burgos, Espanha, nascido em 1913, entrou no Palácio Vaticano do Santo Ofício para se encontrar com seu pró-prefeito, SE Cardeal Ottaviani, durante a entrevista o irmão David perguntou-lhe: 

H. David: É verdade que esta Congregação está estudando o caso de Garabandal? 

C. Ottaviani: Sim, é verdade. 

Ir. David: É verdade que a Congregação enviou um delegado a Garabandal? 

C. Ottaviani: Sim, é verdade. Eu enviei. 

Irmão David: É verdade que a Congregação chamou Conchita para testemunhar? 

C. Ottaviani: Sim, sim, é verdade. Estava comigo. 

H. David: E qual é a sua opinião pessoal? 

O cardeal sorriu e disse: Olha, com licença, mas quando um assunto está sendo discutido nesta Congregação, todos os membros têm a séria obrigação de não dizer nada a ninguém, nem a favor, nem contra. 

O irmão David diz: Eu então Expliquei a minha cura para a leucemia por Nossa Senhora de Garabandal e o meu compromisso de falar das suas Mensagens por toda a parte e disse-lhe: Em vários locais quiseram me proibir de falar destas coisas, porque dizem que estas aparições não são aprovadas. Então, você quer dizer que até que esta Congregação fale, eu não posso cumprir minha promessa com a Santíssima Virgem? 

Ele me respondeu sem hesitação: De jeito nenhum. Você pode continuar falando onde quiser. Mas sim, sempre a título pessoal e sob sua própria responsabilidade, sem envolver a Igreja, e quanto ao resto, ninguém o pode proibir de contar sua cura milagrosa e atribuí-la à Virgem de Garabandal, para falar dos acontecimentos maravilhosos que você sabe e o que foi feito lá, ou diga outros favores que foram obtidos por ocasião de Garabandal, etc. Ninguém pode se opor a essas coisas. Agora, no dia em que esta Congregação se pronuncia, você cumpre o que ela diz. Tendo resolvido meu problema desta forma, ele me acompanhou com toda a deferência por várias salas, falando muito bem da Espanha e especialmente da Virgen del Pilar, onde eu Disse que teve a sorte de estar ali, o Irmão David, cujo primeiro nome é Bernardo, pertence ao Instituto Religioso dos Irmãos do Sagrado Coração. Nessa época ele lecionava no Colégio Gral Benito Nazar dos Irmãos do Sagrado Coração de Buenos Aires, Argentina. A Comissão Investigativa: Deve-se dizer que, entre os membros da Comissão, é notório que o Dr. Morales, seu médico principal, retratou sua posição negativa anterior e, a partir de 1983, tornou-se um fervoroso Defensor das Aparições 

Do mesmo modo, o senhor Juan Antonio del Val gozou da plena confiança do senhor Doroteo Fernández e por isso foi membro da Comissão e testemunha das aparições. Foi nomeado bispo de Santander no final de 1971. O bispo de Santander de 1971 a 1991, D. Juan Antonio del Val, estudou tudo sozinho, porque viu que tudo isso exigia um estudo mais aprofundado e que era muito sério. Ele deu permissão a Conchita para fazer o filme da BBC e depois deu aos padres permissão para subir a Garabandal e rezar a Santa Missa na Igreja, que antes era proibida, e promoveu um novo estudo sobre as Aparições que foi posteriormente enviado a Roma.


Papa João Paulo II e as aparições da Bem-Aventurada Virgem Maria em Garabandal.

No Vaticano, os testemunhos de Dom Valentín, o pároco de Cosío e Garabandal durante as aparições, e os testemunhos dos videntes foram muito bem recebidos, tanto pelo Papa Paulo VI como por João Paulo II. 

 O Papa João Paulo II acredita nas aparições de Garabandal. Ele leu o livro em alemão sobre as aparições "Garabandal, Der Zeigefinger Gottes" da foto, escrita por Albretch Weber. Desde a segunda edição, você pode ler estas palavras que o Papa escreveu ao seu autor: 

"Que Deus o recompense por tudo. Sobretudo pelo profundo amor com que estás a dar a conhecer os acontecimentos relacionados com Garabandal, para que a Mensagem da Mãe de Deus seja acolhida nos corações antes que seja tarde. Como expressão de alegria e gratidão, o Santo Padre dá-lhe a Bênção Apostólica ». 

O Papa João Paulo II acrescentou uma saudação pessoal com a sua letra e assinatura.

Qual é a classificação da Igreja Católica em relação às aparições de Garabandal? 




A Diocese de Santander sempre afirmou que não encontrou no conteúdo doutrinal das aparições de San Sebastián de Garabandal qualquer coisa que vá contra a fé da Igreja. Isso é importante. Quanto aos próprios fenómenos, ele afirma que "não consta de sobrenaturalidade", confessando assim que o caso não está fechado, muito menos condenado, como confirmado pelas intervenções da Congregação para a Doutrina da Fé. Mas as testemunhas ainda não compreendem porque é que "a sobrenaturalidade não aparece" em relação aos acontecimentos que eles próprios viveram e para os quais eles não encontram uma resposta.





O que significa a expressão: "Não consta a origem sobrenatural?" 

É um conceito fundamental para entender a situação da Garabandal. Diante de uma aparição presumida, após o discernimento correto, a Igreja pode-se pronunciar de uma das seguintes maneiras:

1.- «Consta a origem sobrenatural». Ou seja, houve uma manifestação do Senhor, da Virgem, de um santo…


2.- "Consta a origem não sobrenatural". Ou seja, não houve demonstração e estamos enfrentando uma fraude, um fenómeno de auto-sugestão ou, no pior dos casos, estamos perante uma intervenção diabólica.

3. "Não consta a origem sobrenatural". Mas quando ainda não é claro, quando há falta de dados para investigar, quando ainda não se sabe com certeza qual é a origem de um acontecimento... então a Igreja declara que "não consta a origem sobrenatural".

Isso não significa que não tenha havido uma aparição, mas que ainda há falta de dados para um discernimento claro. A posição do advérbio "não" é a chave, pois altera completamente o significado da frase. 


Neste estado encontra-se Garabandal: "Não consta a origem sobrenatural". Mas esta declaração não é definitiva e, enquanto não for alcançada uma declaração definitiva, a Igreja não só pode, mas deve estudar o que aconteceu e tirar os fiéis da ignorância

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A comissão encarregue de fazer os estudos...

Dom Valentín Marichalar Torres foi pároco de San Sebastián de Garabandal quando, a 18 de Junho de 1961, algumas pessoas da aldeia vieram informar-lhe que quatro meninas - Conchita, Jacinta, Mari Cruz e Mari Loli - tinham visto um anjo. Este bom sacerdote falou posteriormente com as meninas a respeito a este assunto. Sobretudo nos primeiros dias, e assim que terminavam os êxtases das meninas, o pároco da aldeia interrogava-as. Don Valentín ficou impressionado com os seus depoimentos, porque apesar da sua jovem idade e pelo fato de não saberem quais seriam as perguntas que ele iria perguntar, as meninas não contradiziam-se nas suas respostas. Três dias depois de tudo começar, Don Valentin teve dados suficientes para fazer uma comunicação oficial ao bispado, onde começou por enviar relatórios regulares nos quais reunia os detalhes sobre tudo aquilo que estava a acontecer na sua paróquia.


A cúria diocesana descartou desde o primeiro momento a sobrenaturalidade dos acontecimentos de Garabandal. No entanto, e devido à expectativa que tinha sido criada em torno das meninas, uma Comissão foi nomeada para estudar os fatos. A precipitação realizada com este trabalho da Comissão pode ser deduzida observando a data do primeiro documento oficial a este respeito, que se baseia no relatório elaborado pela Comissão. Se, em 18 de Junho de 1961, as quatro meninas declararam, terem visto a primeira aparição do Anjo, a 26 de agosto de 1961, apenas dois meses após o início dos fenómenos, a primeira nota episcopal foi publicada afirmando: "Nada, até o presente, nos obriga a afirmar a natureza sobrenatural dos eventos que lá ocorreram ". Neste momento, ainda havia poucos elementos de julgamento e o pedido de prudência era compreensível: as mensagens ainda não tinham sido comunicadas; nenhuma declaração foi feita às meninas ou aos seus parentes, nem mesmo ao pároco; não havia tempo material para verificar os frutos espirituais que poderiam ocorrer... O problema era que, na prática, a investigação terminou ali, embora ocasionalmente a Comissão enviasse algum outro documento ao Bispado. As conclusões já foram tiradas nesse primeiro verão de Garabandal, sem dar o tempo necessário para estudar o que realmente estava a acontecer em Garabandal. E para este primeiro relatório e para esta primeira nota, as sucessivas declarações oficiais serão sempre enviadas. Mas os relatórios da Comissão nunca foram tornados públicos, por isso não se pode saber com que base esta avaliação negativa foi feita.

Que esta primeira Comissão e, portanto, os seus relatórios, não podem ser levados em consideração, pode ser deduzida do fato de que o próprio Bispo Juan Antonio del Val Gallo, que, antes de ser nomeado bispo, fazia parte do primeiro Comissão - nomeou em 1989 uma segunda Comissão que, infelizmente, não fez senão repetir os erros e conclusões do primeiro. Ele agiu em "segredo" e os nomes dos seus membros nem sequer se tornaram públicos, e também não recolheu declarações das supostas videntes ou das testemunhas com mais autoridade. Quando o estudo concluiu, nem uma nota oficial foi publicada sobre isso

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